A meta da maturidade

“Não é verdade que as pessoas param de perseguir os sonhos porque estão ficando velhas; elas estão ficando velhas porque pararam de perseguir os sonhos”. (Gabriel Márquez)

Todos estamos — ou deveríamos estar — a caminho de nos tornarmos pessoas maduras. Na jornada da maturidade, comecemos por admitir que ela não vem necessariamente com a idade. Maturidade é um processo, de baixo para cima, com um topo sempre móvel. A pessoa madura gosta de vencer, mas vencer verdadeiramente, sem equívocos, sem gritos, sem danos para si ou para os outros, reconhecendo que perder também pode ser vencer. (Sabemos que amadurecemos pelo modo como lidamos com as nossas derrotas.) A pessoa madura dispõe-se a ceder, seja a vez numa fila, a mão para um companheiro, o dinheiro numa necessidade, a vitória numa discussão. A pessoa madura sabe que não é completamente livre, porque há desagradáveis fatores que condicionam a liberdade humana e que implicam em claras limitações nos desejos e em pesadas responsabilidades nas decisões. A pessoa madura alegra-se em aprender, como o professor que estuda, como o líder que ouve, como o jovem que presta atenção. A pessoa madura pergunta quando não sabe e pergunta quando sabe, para saber mais. A pessoa madura dialoga com o seu passado pessoal, sem se deixar escravizar por ele, mas para ficar livre para novos voos. A pessoa madura cala-se quando o silêncio é sinal de santidade, que é a verdadeira meta da maturidade.

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”. (1 Coríntios 13.11)